Resenha: Selva de Gafanhotos - Andrew Smith | Padronizado


Resenha: Selva de Gafanhotos - Andrew Smith

Resenha: Selva de Gafanhotos - Andrew Smith

           Classificado como weird fiction, Selva de Gafanhotos é um livro fisicamente impecável. A capa é de chamar a atenção, a diagramação é linda e as páginas amarelas nas laterais são de fazer qualquer um se apaixonar! É uma pena que o livro, em si, tenha me decepcionado em muitos pontos.
           Publicado no Brasil pela Intrínseca, o romance de Andrew Smith é um livro sobre tudo. Mas ele é sobre tudo MESMO. A trama promete aventuras, romance adolescente realista, confusão sobre opções sexuais, insetos gigantes que sentem muita fome e são tarados. Superinteressante e provavelmente um livro engraçado, certo? Errado.
           Bom, pelo menos para mim, o livro deveria ser hilariante, afinal... Um apocalipse de insetos louva-a-deus gigantes que comem de tudo e trepam com tudo? Minhas expectativas foram altas, admito, e me arrependo um pouco.
           Elogiado por John Green, o autor queridinho de todos, o livro não atendeu ao que eu esperava. Não é que seja um livro ruim. É um livro perfeitamente razoável, com personagens até interessantes.
           O pecado do livro, em minha opinião, foram as inúmeras e intermináveis repetições de toda a história. Não me leve a mal, já li muitos livros que fossem assim. Claro que, normalmente, os narradores desse tipo eram mentalmente desequilibrados (como, por exemplo, O Lado Bom da Vida, de Matthew Quick). O que não é o caso do nosso protagonista da vez: Austin Szerba.
           O livro começa com Austin e seu melhor amigo, Robby, apanhando dos meninos da escola pública da cidade, pelo fato de serem "boiolas". Austin tem uma namorada chamada Shann, mas mesmo assim sente uma estranha atração por Robby. E ah, que eu não me esqueça! São pouquíssimas coisas que não o deixam com tesão.
           Austin é o historiador. Ele sabe tudo que acontece no presente e sobre tudo que ninguém mais sabia sobre seus antepassados. Ele sabe tudo que se passa, em todos os lugares, em todos os momentos. E, muitas vezes, repete todas essas coisas milhões de vezes.
           A história se desenvolve cheia de detalhes (que são, claro, repetidos mil vezes cada um), e Austin a conta com o que acontece no presente, intercalando com a história de seus antepassados. Com o passar das páginas, vamos percebendo que as repetições são todas uma maneira dele próprio entender as coisas que estão se passando ao seu redor (o que, por sua vez, não deixa de ser um pouco maçante).
           Tudo desanda quando os garotos da escola pública que bateram em Robby e Austin invadem o escritório do empresário mais bem sucedido da cidade e também padrasto de Shann, Johnny McKeon. Lá dentro, um lugar extremamente estranho onde podem encontrar até bebês de duas cabeças em conserva, eles encontram Cepa de Praga IM 412E Contida, que é azul e fotoluminescente, ou seja, brilha no escuro. Em sua ingenuidade quanto ao conteúdo, um dos garotos acha aquilo legal e leva para fora.
           Acontece que, misturada com sangue, a Cepa de Praga IM 412E Contida desenvolve uma reação que é uma aberração da natureza: ela afeta todos que passam ao redor lentamente, e as pessoas contaminadas, ao morrerem, se transformam em insetos gigantes de 1,80m comedores de gente e que só querem saber de transar.
           Muitas coisas acontecem, e não quero contar muitos spoilers, por isso vou parar por aqui. Não recomendaria para muita gente, mas, quem leu discorda da minha opinião, se quiser dizer o motivo nos comentários, eu agradeço muito! Juro que quero entender o que há de tão especial nesse livro, pois não vi nada tão demais. Bom, é isso! Até a próxima!


Postado por: Gabriela Duarte.

 

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