Drácula: A origem de um clássico | Padronizado


Drácula: A origem de um clássico

Drácula: A origem de um clássico

           "É de consenso geral que Drácula de Bram Stoker é um clássico da literatura mundial sendo o pai das histórias vampirescas. Stoker criou a sua maior obra na Era Vitoriana, uma época inigualável e que todas as suas características são muito bem retratadas no decorrer da história.
           Dia 08 de novembro é celebrado o aniversário desse célebre autor, então para homenageá-lo vocês serão historiadores por um mês e deverão contar as origens desse clássico, o que levou Bram Stoker a escrever o romance que marcaria uma época cativando leitores até os dias atuais! Mas atenção, será permitido usar referenciais históricos, porém a
principal fonte de consulta deverá ser a imaginação de vocês.
           Missão dada, agora mãos à obra e vamos explorar as catacumbas de um certo castelo na Transilvânia!"


Após anos de pesquisas incansáveis, entrevistas com os remanescentes da ordem Van Helsing, surpreendentemente fomos concebidos com um presente, o diário pessoal de Drácula datado da idade média, compreendendo relatos dos sec V até o XX. Até hoje não sabemos quem nos entregou tal diário, mas tudo favorece sua legitimidade.Os trechos disponibilizados foram os mais relevantes e totalmente fiéis aos originais. Organizamos de maneira nem sempre cronológica para facilitar o entendimento dos fatos recém revelados. 

Trecho 1 - Retirado do diário pessoal de Vlad Draculea, ano de 1451:
Não sei quanto tempo mais vou aguentar me manter em silencio, minha família foi dizimada e agora só resta eu e minha esposa. Os dois últimos vampiros da terra a beira da morte, dois atentados simultâneos que nos levaram à fugir apressadamente para o Castelo de Bran, O MEU CASTELO! 

Trecho 2 - Retirado do diário pessoal de Vlad Draculea, ano de 1451: 
Estou enclausurado em uma caixa por dias tentando chegar à Transilvânia, porém cada minuto é uma eternidade neste confinamento, não pela tediosidade desta súbita viagem, mas pelo cheiro de sangue fresco que a cada dia fica mais irresistível. O meu sofrimento é constante, e a cada minuto odeio mais o dia em que escolhi minha maldição. (...) Não posso sair, seria mortal... até para mim. Os Helsings estão me caçando incansavelmente e estou demasiado debilitado para fugir, descansar em meu esconderijo enquanto meu fiel escudeiro me transporta é o mais sábio. Não posso arriscar minha linhagem, Só espero chegar o mais rápido possível à Transilvânia. 

Trecho 3 - Retirado do dário pessoal de Vlad Draculea, ano de 1451: 
Ahh o êxtase de uma noite sanguinária, o gosto do sangue que escorre pelas minhas presas e já não sinto mais aquela dor que revirava minhas vísceras e me causava o inútil desejo de morrer. Como sou estúpido! Jamais posso morrer. 

Trecho 4 - Retirado do diário de caça de Octávius Van Helsing, ano de 1448: Após a captura do espécime em perfeitas condições, consegui interrogar uma criatura que possui fortes indicações de ser um vampiro, porém a criatura tem uma aparência grotesca, totalmente diferente da sedutora imagem de seus semelhantes. Durante o interrogatório me revelou alguns segredos. Tinha esta aparência horripilante justamente por ser filho de um vampiro com um anjo, fato que o disforme prisioneiro me alegava com total certeza e vergonha, sua sede por sangue era voraz, mas saciável, possuía uma mente perturbada, falando frases as vezes desconectas e com explosões de raiva repentinas, possuidor de nenhum tipo de dom, ele era uma aberração. O fato que mais me interessou foram as revelações sobre o que muitos conhecem por Vlad Draculea, o principal vampiro e, acredito eu, o primeiro. Vlad é conhecido no submundo demoníaco da Transilvânia pelo título de conde. O Conde Drácula (Vlad Draculea) não é o filho de Vlad II (Antigo principe da Valáquia) ou Vlad Dracul, como era posteriormente conhecido, Vlad Dracul chegou a ter realmente um filho com uma de suas incontáveis amantes vampirescas, todavia a criança foi morta posteriormente pelo seu próprio pai, a fim de poder assumir a identidade do primogênito logo antes de seu suposto decapitamento em 1447. Camponeses que tiveram a oportunidade de ver seu corpo após a morte afirmam veemente não ser o corpo de Vlad Dracul. Confirmando minha teoria de que Drácula é um vampiro com habilidades diferenciadas, e fortificando mais ainda a idéia de que é o primeiro de toda sua raça. 

Trecho 5 - Retirado do diário pessoal de Vlad Draculea, ano de 1462:
Malditos! Um bando de porcos! Malditos! Traidores nojentos, será que nunca aprendem? Sou imortal, seus ignorantes! Ódio desta sub raça que me rodeia. Matarei todos! 

Trecho 6 - Retirado do diário pessoal de Vlad Draculea, ano de 1464: 
Tentaram me encarcerar, que povo estúpido. Devia tê-los empalado quando tive chance. Sentar em meu belo quintal apreciando o sangue da escória, enquanto ouvia seus urros de dor. (...) Deram minha esposa como morta, torço para que ela consiga se esconder dos Van Helsings, sempre foi muito boba. Nossa linhagem não pode morrer. (...) Agora, depois da suposta morte de minha esposa, ganho a admiração de meus captores, e uma bela jovem esta apaixonada por mim. Ó pobre criatura, meu coração já não existe mais. Algo em mim tinha que morrer: infelizmente foi meu coração. E isso já faz tempo. 

Trecho 7 - Retirado do diário pessoal de Vlad Draculea, ano de 1476: 
Alegam que irão me matar. Porque ainda tentam? Estou a espera da minha morte para ter outra identidade. Esta mesmice já me cansou, apesar de ter me rendido um ótimo título com uma sonoridade bem imponente, Conde Drácula. (...) Mais uma vez eu fui morto, quando forem me sepulcrar perceberão que quem esta lá não é eu, e então mais uma vez apareço para aterrorizar a vida de cada um deles. Como eu adoro isso, o rosto de terror e as súplicas por piedade, as preces em vão. Sorte daqueles que irão se tornar meus seguidores, pois o resto… bom, o resto desaparecerá.

Trecho 8 - Retirado do diário pessoal de Vlad Draculea, ano de 1584:
Todos caíram como os bobos que são, agora já não mais sou Vlad Draculea. Passei anos vagando pelo mundo e aumentando cada vez a nossa raça, uma linhagem pura e sedutora. Decidi finalmente dar as caras ao mundo outra vez, e então me apossei da identidade de uma das infinitas virgens que me idolatravam, suplicando para que eu lhe concedesse uma parte da minha perfeição. Elizabeth Bathory era o nome dela. Jovial, linda, com um olhar penetrante e a delicada cútis, branca como a neve. Tinha que ser ela.

Trecho 9 - Retirado do diário pessoal de Vlad Draculea, ano de 1597:
Com toda essa beleza, o mundo caiu aos meus pés. Ninguém tem certeza sobre meu estado, acham que morri, então a cada dia, eu me banho em sangue. Meu castelo é a materialização da luxuria, semanas de orgias intermináveis entre vampiros, homens, demônios e qualquer outra criatura. (...)Incontáveis mortos todos os dias. Camponeses, é claro, ninguém se importa com eles. Além do mais, são demasiadamente supersticiosos. (...) Dias e dias me banhando em sangue ainda quente, ouvindo os gritos desesperados daqueles que ainda tem alguma esperança inútil, e rindo. Rindo sem motivo, rindo por rir. Gargalhadas de prazer, o sangue me deixa ébrio. 

Trecho 10 - Retirado do diário pessoal de Vlad Draculea, ano de 1844: 
Após anos sem poder dar nenhuma pista de minha existência, finalmente o mundo acalmou. Séculos de perseguições aos vampiros, mortes e guerras que ninguém sabe. Mais uma vez, não pude arriscar. Persisti até o final, mas chegou uma hora em que eu teria que me refugiar. Passei anos recluso, apenas lendo para passar o tempo ou na companhia das belas virgens que meu povo me trazia, ou até mesmo os humanos como forma de barganha para se tornarem vampiros. Claro que nem sempre cumpria a promessa da maneira correta, mas eu sou Drácula, não posso sujar minha raça pelo desejo de alguma criança deprimida em chupar sangue. Nem todos são dignos. (...) Minha identidade como Elizabeth Bathory foi morta depois de um escândalo que eu mesmo causei, me encontraram comendo pedaços do filho de um dos condes, uma criança gorda de bochechas avermelhadas que fingia ser vampiro. Depois disso as coisas só foram piorando. (...) Devido ao meu tempo de reclusão, adotei o hábito das pessoas consideradas “cultas”. Sem nada para passar meu tempo, pelo fato de não poder levar uma vida muito exagerada, passei a ler e me encantei. Nunca tinha dado muita atenção à leitura, meu tempo era consumido por outras distrações, e me arrependo de nunca ter tido nem vontade de conhecer tal costume. O mundo ficou maior e mais gracioso, tudo era mágico e minha mente nunca mais estagnou, era tudo tão mais claro, e tudo fazia tão menos sentido, e a cada vez que surgia outra dúvida era fascinante. As idéias começaram a rodear minha mente e eu via livros sobre a minha raça cada vez mais verossímeis. Todos de uma perfeição incrível, mas nenhum feito por um real vampiro. 

Trecho 11 - Retirado do diário pessoal de Vlad Draculea, ano de 1887: 
Brandon Stoker é o nome dele. Nome horrível, como alguem pode ser batizado com tal maldição? Mas tem que ser ele, não posso dar pistas de minha existência, vou me arriscar apenas para dar ao mundo um livro feito por um vampiro de verdade, tenho pelo menos de fazer tudo corretamente, mas eu vou ter que trocar esse nome. (...) Parece que ele desenvolveu uma simpatia incomum por mim, vive me olhando com largos sorrisos, e tudo que eu falo parece ser algum segredo do universo. Pobre criatura, não sabes que sou apenas um oportunista? Irei apenas usá-lo e nada mais. É mais um apaixonado por mim, e já vivi tempo suficiente para não dar alguma importância a existência de alguém.  

Trecho 12 - Retirado do diário pessoal de Brandon Stoker, ano de 1887: Conheci um belo senhor que me encantou por inteiro. Não entendo, mas ele me causou sensações que eu nunca imaginei. É um senhor de meia idade fora do comum, mas não é nada romântico nem belo, é carnal, pecaminoso e sensual, me faz querer arrancar as vestes e me entregar ao sujo. Que vontade cruel! Não posso deixar me possuir. (...) Não posso mais resistir, a cada vez que o vejo é uma erupção, nem tento mais esconder, quero ser descoberto. Já não me alimento direitamente, passo horas confinado alimentando minha vontade com a minha imaginação, isso me consome cada vez mais, e cada vez menos eu consigo me controlar. (...) Está decidido, me entregarei ao inferno e espero que valha a pena, darei minha alma por inteiro para satisfazer meu desejo insaciável.Que algum dia Deus tenha piedade de mim. (...) Encontrei-o hoje por acaso, não consegui me conter, me ofereci de todas as maneiras possíveis, eu só queria se aquele desejo passasse, era torturante. Após alguns minutos de conversa, quando minha respiração já tinha se normalizado, me chamou para conhecer o castelo que possuía no interior, então o sangue que antes avermelhava minhas faces afluiu para minhas extremidades, as palavras quase não saiam de minha boca. Levantou-se e antes de partir, disse que deveria ser mais conhecido como “Bram”. *  

Trecho 13 - Retirado do diário pessoal de Vlad Draculea, ano de 1887:
Está feito, agora tenho a identidade de Stoker e preciso escolher algum nome mais impactante, provavelmente Abraham, mas insistirei em ser chamado pelo apelido de “Bram”. Assim não irá gerar um estranhamento por ninguém. Além do mais, ele não tem amigos.






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