Resenha: A Mulher de Preto 2: Anjo da Morte - Martyn Waites | Padronizado


Resenha: A Mulher de Preto 2: Anjo da Morte - Martyn Waites

Resenha: A Mulher de Preto 2: Anjo da Morte - Martyn Waites


Sinopse: No cenário da Segunda Guerra Mundial, a Grã-Bretanha é constantemente atacada por bombas alemães. Enquanto muitos estão encontrando a morte em meio a escombros e explosões, os que ainda não a encontraram procuram por proteção em estações de metrô. Para proteção das crianças, os professores a estão levando para a zona rural, onde poderão se refugiar da Blitz.
Eve Parkins, junto com Jean Hogg, professora e diretora, respectivamente, responsáveis por um desses grupos infantis, partem para o campo. Quando chegam ao seu destino, descobrem que o mesmo é a Casa do Brejo da Enguia. O local foi reformulado recentemente para servir de abrigo, e é envolto por um pântano, que está sempre encoberto por uma espessa bruma. Porém, assim que chega à casa, Eve sente algo: estranhas sensações, barulhos, sentimentos arrepios que a deixam inquieta. Além de tudo, a casa parece estar sendo consumida aos poucos pelo mofo, que é preto e deixa a impressão de estar se esgueirando pelas paredes.
Uma das crianças do grupo, Edward, que acaba de perder a mãe em um bombardeio, se transforma em outra criança: ele parece não ser mais capaz de falar com ninguém, nem mesmo com as pessoas de quem gosta, e se afeiçoa estranhamente por um fantoche peculiar que encontra na casa.
Logo, os novos residentes da Casa do Brejo da Enguia percebem que há mais uma pessoa entre eles. E ela parece ter planos para os visitantes.

Resenha: Alguns anos atrás, li o primeiro livro de A Mulher de Preto. Uma boa curiosidade sobre o livro, é o fato de sua sequência ter sido escrita por um autor diferente. Susan Hill, autora do primeiro livro, fez um grande trabalho: o livro é sombrio e assustador, do jeito que todo mundo espera. Martyn Waites, autor do segundo livro, também teve uma excelente performance com Anjo da Morte. Waites foi convidado a escrever uma sequência, coisa não muito comum. Logo, esperei que o mesmo fosse um grande autor, já que teve a honra de ser chamado para dar continuação a uma história tão boa.
Lançado neste mesmo mês de fevereiro pela Record, corri para ler, curiosa desde que foi anunciado o lançamento do filme. Devo dizer que Waites não me decepcionou, apesar de ter uma escrita mais moderna, diferente de Susan Hill. É de se imaginar que, por tal motivo, a trama não seja tão assustadora, mas me surpreendi sentindo apreensão e medo durante muitas partes do livro.
Desta vez, toda a trama se passa no cenário da Segunda Guerra Mundial, o que torna tudo muito interessante. Podemos acompanhar personagens muito bem criados e desenvolvidos, que condizem com o perfil amedrontado e receoso de uma guerra.
Eve, a professora encarregada de levar as crianças para o campo a fim de fugir das bombas alemãs, ainda antes de chegar ao seu destino, a Casa do Brejo da Enguia, tem pressentimentos ruins sobre o vilarejo, e ainda mais sobre o grande casarão. Na primeira noite em que passa ali, ela ouve estranhos ruídos e tem sensações estranhas, sentimentos aterrorizantes e um eterno pesar parece se instalar no ar ao seu redor.
Depois de encontrar escrituras, coisas antigas, um cantarolar e barulhos estranhos que só ela parece ouvir, Eve começa a ter mais do que só sensações: ela começa a ver uma mulher. A mesma se veste de preto, com uma roupa que poderia ser de séculos atrás e tem o rosto branco como ossos antigos, além de um olhar negro e amedrontador.
A professora está cada vez mais certa de que essa presença na Casa do Brejo da Enguia é maligna, e começa a tentar descobrir o mistério por trás da estranha mulher, dos estranhos ruídos e da história que se esconde entre as paredes. Temendo pela vida de seu aluno, Edward, Eve faz de tudo para protegê-lo (e todas as outras crianças).
Em uma atmosfera tensa e aterrorizante, Martyn Waites nos faz entrar dentro do livro, ver a estranha mulher em todos os cantos e até ouvir os ruídos. Quase podemos sentir o cheiro do mofo preto que parece se esgueirar pelas paredes, sempre presente no livro.
Recomendo a leitura, tanto do primeiro quanto do segundo livro para os amantes do terror e do suspense.

 

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